Nosso amor é
como uma casa pré-fabricada,
Sempre
esteve aqui, antes mesmo de nós,
Antes mesmo
de a gente chegar...
Antes mesmo
da primeira primavera.
Pois é, eu sempre fui um cara estranho,
Pois é, eu sempre fui um cara estranho,
Fechado no
meu mundinho particular,
Nunca quis
deixar outro alguém entrar,
Mas, eis que
me surgiu você, morena.
E veja bem, meu bem, de início não quis acreditar,
E veja bem, meu bem, de início não quis acreditar,
Acho que, na
verdade, não quis me entregar,
Fingi na
hora rir, pra não chorar.
Pra quê o
amor? Pra quê amar? Mas, fez-se mar...
E eu mergulhei, afinal, sempre fui sentimental...
E eu mergulhei, afinal, sempre fui sentimental...
Pulei mesmo e de cabeça,
Do sétimo
andar da minha razão bagunçada,
E dali já
não pude mais me ver sem ter você.
Sim, o amor vai além do que se vê,
Sim, o amor vai além do que se vê,
É um
horizonte distante, é de onde vem a calma
Pra viver em
paz, afinal, quem sabe ser só?
A resposta é
ninguém, caros leitores... Tenha dó!
E quando me dei conta, você já estava do lado de dentro,
E quando me dei conta, você já estava do lado de dentro,
Você invadiu
sem receios o meu castelo,
Destruiu as
muralhas que tanto demorei pra erguer,
E do pouco
que sobrou, construiu o nosso amor.
Mas disso todo mundo sabe, é conversa de botas batidas.
Mas disso todo mundo sabe, é conversa de botas batidas.
Todos sabem
que você é Lisbela e eu sou prisioneiro,
Mas, deixa
estar, tá bom pra mim, só quero assim,
Pois hoje
sei que nem todo carnaval tem seu fim.
Sim, existem coisas que não têm final,
Sim, existem coisas que não têm final,
Mas “o fim”
nunca foi uma condicional, e nunca será,
Pra sempre
eu vou te amar, e vou tirar você desse lugar,
Prometo, meu
amor, um dia, assim será!
Você é o meu último romance,
Você é o meu último romance,
Não haverá
mais uma canção cantada
Que não seja
pensando em ti...
O vento me
trouxe você e o tempo jamais levará!
Não, não vai embora não, fica aqui comigo,
Não, não vai embora não, fica aqui comigo,
Sem você sou
tão sozinho, sem você não resta nada,
Nada além de
lágrimas sofridas, de um azedume na boca,
E de um
insuportável bom dia que nunca mais será dito.
O rio que move os dois barcos, do amor e do ódio,
O rio que move os dois barcos, do amor e do ódio,
É de lágrima, é da lágrima, que escorre no rosto do vencedor,
A lágrima que escorre da pétala da flor, do orvalho,
Do choro da saudade em um solitário amanhecer.
Eu vou te amar enquanto o sol raiar...
Eu vou te amar enquanto o sol raiar...
Essas foram as palavras ditas, essa foi a promessa feita,
E são nelas que para todo sempre eu irei crer...
Pra nunca ter de lhe dizer... Adeus você.