DORmIR



Hoje me perguntaram “Vinícius, qual o seu lugar preferido em todo o mundo?”. Respondi de imediato “Minha cama!”. Em seguida me perguntaram sobre o que mais gosto de fazer, e respondi com o mesmo imediatismo óbvio “Dormir!”. Ok, cama não é exatamente um lugar, tá mais pra um objeto que, geralmente, está localizado em um lugar específico, mas o que vale é a metáfora. Sabe, daquele lugar meu, só meu, onde eu posso ser eu, e ao mesmo tempo deixar de ser, mesmo que por algumas  horas diárias.  Sim, “algumas horas de diárias”, mas que no balanço final acabam por representar quase outra vida dentro da nossa própria vida. Ou quase uma “não-vida” dentro da nossa vida. Dormir é o mais próximo que temos de inexistir. E por isso eu amo dormir. Amo mais do que quase tudo e todos. Dormir é o ato mais egoísta que existe! Você se esconde dentro de si. Se fecha. Se tranca. E não há chave que te permita abrir porta alguma, e pra ninguém, é só você e você, mesmo que em um “sono acompanhado” ou “compartilhado”, pois o que se compartilha é o espaço externo, o interno jamais! Tenho sérias dúvidas se realmente dormimos ao longo do viver ou se vivemos ao longo do dormir.

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