Nos Passos do Tempo



E de vez em sempre, eu me pego na janela,
Assistindo o tempo passar.
Entre um passo e outro eu penso em você,
Fico rindo sozinho pra paisagem imóvel diante de mim.
Às vezes o tempo tropeça, desacelera o passo,
Parece não andar...
Parece carregar nos segundos o peso de séculos.
Parece cansado de tanto ir pra lugar nenhum.
E eu, ali, na janela, contemplando-o.
Buscando achar em seus passos um espaço vazio,
Igual ao meu,
Um espaço que me preencha.
Uma solidão irmã que me entenda.
Que aceite de bom tom fazer par com a minha.
Que me ame,
Que cuide de mim...
E das minhas horas.

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