Só não me pergunte o porquê



É inconcebível, insuportável, pensar que nunca mais vou te ver, que nunca mais vou ouvir tua voz dizendo “eu te amo” ou “fala de amor pra mim, Ví?”, que nunca mais vou olhar nos teus olhos e me sentir tão forte, tão vivo. Que nunca mais vou te abraçar e me sentir tão protegido do mundo, de mim. Que nunca mais vou sentir teu cheiro. Mas Deus sabe o quanto eu quis ir até o fim. O quanto eu quis seguir em frente. Mas não posso. Não consigo. Não sou forte o suficiente pra esquecer você. Eu queria ir até o fim, mas o fim veio até mim. Sei que está tentando me ajudar do seu jeito... Sei que esse silêncio tem um significado. Sei que mesmo ele está tentando me dizer alguma coisa importante. Mas eu não vou conseguir. Como eu disse, é daqueles amores que acontecem uma vez na vida, e a gente simplesmente não consegue seguir em frente. Você não faz, e nunca fará, ideia do quanto eu te amo. E do quanto eu tento te esquecer, não te amar. Mas você está em todos os lugares que vou. Você está em tudo aquilo que reflete em meus olhos. Você está em tudo o que penso. Você está em tudo, Monica. Por que tem que ser assim? Por quê? Eu sou tão nada assim a ponto de não merecer tudo aquilo que mais quero no mundo? Será que este será meu fardo? Minha vida? Minha história? Não ter você? Nunca? Não poder te abraçar quando a saudade apertar em uma hora qualquer, ou em todas elas? Não poder te ver quando meus olhos escurecerem inundados de lembranças, memórias e torrentes incontroláveis de lágrimas tão necessárias? Não poder ouvir você dizer que vai ficar tudo bem, ou te beijar quando nada mais precisar ser dito? É isso que você está me pedindo? Desculpa, mas eu não posso. Eu não quero ser este Vinícius. Não saberia, me perderia. Se restou algo de nós dois aí, qualquer coisa, tente mais uma vez. Volte. Deixe-me tentar ser feliz ao teu lado. Essa história não pode terminar assim. Não pode. Eu guardei todo o amor que pude dar pra você. E é assim que eu sei viver. Eu te amo, Monica. Só não me pergunte o porquê.

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