Ah Mor



Ah o amor, tão lindo, tão fantástico, tão sublime, tão mágico...
Tão complexo, tão falso e tão facilmente extirpável.
Só sabe amar quem já amou, e quem já sofreu de amor,
Pois não há um único ser imune a isso, é um mal inescapável.

Só é feliz no amor aquele que saiba dissimular,
Que saiba camuflar suas monstruosidades com maestria,
É um eterno jogo de interesses e vontade e falsas ingenuidades,
É um circo, uma novela, uma eterna charlataria.

Se quiser sofrer, ame!
Se entregue, se cegue, se extrapole, se jogue...
Torne-se um ser dependente, acorrentado, enjaulado!
Mas se quiser ser feliz, só tem um caminho, seja amado.

Parece meio sem sentido, não é?
É porque o amor não tem sentido algum mesmo,
É essa coisa amórfica, estranha, mórbida e selvagem,
É uma besteira, perda de tempo, uma tremenda bobagem!

Não me entenda mal, estou defendendo o amor,
Estranho, controverso, eu sei...
Mas isso tudo é o que amor é,
Um território sem regras, um território sem lei.

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