Fake Revolution


Durante os últimos anos, a sociedade vem demonstrando enorme revolta em relação a problemas de ordem social, política, econômica e demográfica. As massas não economizam palavras ao dizer que o país não avança, que as leis são imperfeitas e que o crime aumenta com freqüência. Seria muito belo e até muito revolucionário se todas estas declarações tivessem algum fundamento concreto ou convincente.

Percebe-se em comentários deste tipo a existência de uma falsa e deficiente moral. Ao reclamar dos problemas sociais, a sociedade esquece que elegeu políticos para solucionar seus problemas. Ao criticar a violência, a sociedade esquece que ela própria produz seus criminosos. Se nos encontramos sob um regime democrático, o poder está nas mãos do povo e não de forças alheias.

Devemos não nos deixar levar por essa onda revolucionária vazia e atentar-nos para a verdadeira profundidade dos problemas sociais. A sociedade carrega em suas mãos o poder de mudança e não está subjugada a ninguém, nem mesmo a lei.

Nós temos o poder em nossas mãos! Nós definimos as leis, os políticos, a forma de economia, a qualidade de vida e os parâmetros sociais. Não dependemos de ninguém para avançarmos.

Se há criminosos e violência na nossa sociedade é porque nós não educamos nossos filhos da forma correta e nem exigimos qualidade de educação pública para os mesmos. Se há problemas sociais e estruturais é por não elegermos políticos competentes e responsáveis para definir corretamente nossas prioridades. A sociedade é a origem de seus próprios problemas.

Possuímos leis simples e claras que, se cumpridas, geram a ordem e a estabilização do Estado. Há quem diga que as leis são utópicas e que nada na prática funciona como está prescrito, porém esta idéia de utopia só existe porque a desejamos.

Custa alguma coisa cumprir a lei? Custa algo respeitar o próximo? Custa educar nossos filhos para que sejam legítimos cidadãos? Custa exigir nossos direitos e cumprir nossas obrigações? Deixa que eu responda por você: NÃO! Não custa nada!

Vamos parar de jogar nos outros uma culpa que é inteiramente nossa. Se você não tem disposição para lutar contra os problemas, não reclame dos mesmos. Não estou defendendo bandidos, nem políticos, nem elites sociais. Estou apenas defendendo o bom senso, a ética e a verdadeira moral.

Se o objetivo é ser moralista, que possamos ser ao menos moralistas genuínos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário